Cartas de amor, foram tantas ultimamente, é que, nós fizemos as pazes, eu e ali o mini – PP, vou anexar aqui uma que me tocou especialmente, mandou – me a pelas férias do Verão, quando ele estava na praia.
Minha querida Margarida… 18/08/09
Escrevo estendido sobre a areia da praia, o meu mano Rui foi picado por um ouriço, mas o meu pai ajudou – o. Vi alforrecas, e alguns pequenos peixes, que vêm brincar connosco, à beira – mar.
Hoje pus-me a pensar naquilo que eu sou.
Vendo bem, não passo de uma concha, colocada num grande areal que é este mundo.
Uma concha, por vezes solitária, outras vezes visitada por uma ou outra onda que chega até mim, me banha de felicidade refrescante, e se vai embora, subitamente, do mesmo jeito com que chegou.
Tu, tu és uma dessas ondas, que, de um jeito diferente, me invadiu. Não quero que te vás embora, de volta para o grandioso mar, para quem sabe, encontrares uma outra concha que te faça sentir o mesmo que eu.
Não, prefiro assim que me leves contigo, para o teu mar, que me protejas de outras ondas e tempestades.
Assim, já não me vou sentir sozinha, assim não me vou sentir apenas uma pequena concha rodeada de solidão por todos os lados…
Com amor … Pedro Aleixo.
Esta foi a minha resposta.
Meu querido Pedro … 20/08/09
Escrevo também estendida sobre a areia da praia de Vila Nova de Milfontes. Daqui a pouco vou jogar voleibol de praia com o Leonardo e a Leila.
Andas muito romântico, sim… és um amor. Pronto, pronto.
Encontro, algures na minha natureza, alguma coisa que me diz que não há nada no mundo que seja desprovido de sentido, e muito menos o sofrimento. Essa qualquer coisa, escondida no mais fundo de mim, como um tesouro num campo, é o amor. É a última coisa que me resta, e o melhor (...). Ele veio de dentro de mim mesmo e sei que veio no bom momento. Não teria podido vir mais cedo nem mais tarde. Se alguém me tivesse falada dele, tê-lo-ia rejeitado. Se mo tivessem oferecido, tê-lo-ia rejeitado (...). É a única coisa que contém os elementos da vida, de uma vida nova (...). Entre todas as coisas ele é o mais estranho (...). É somente quando o perdemos que sabemos que o possuímos.
Beijos. Com amor … Margarida
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